“Deveria ser, pelo menos, uma opção para um júri para o pior dos piores infratores que existem”, afirma William Lamberth, membro republicano da Câmara de Tennessee.
Por outro lado, os críticos citam dados que mostram que não-brancos, deficientes intelectuais e a população mais pobre têm maior probabilidade de serem condenados a penas mais severas. Eles também questionam a natureza desproporcional da pena de morte para alguém que não causou a morte.
Além disso, alguns especialistas argumentam que leis desse tipo poderiam traumatizar ainda mais as vítimas, já que muitas vezes os agressores são familiares ou conhecidos das crianças.
“Há toda essa dinâmica em que uma criança vai suportar o peso de uma possível sentença de morte para um vizinho, um tio, um avô”, explica Maria DeLiberato, da Associação da Flórida para Alternativas à Pena de Morte.
A aprovação da pena de morte para estupradores de crianças no Tennessee acendeu um acalorado debate sobre justiça, dissuasão e os limites da punição. Enquanto alguns veem a medida como uma mensagem necessária, outros temem suas consequências desproporcionais e traumáticas. À medida que a lei entra em vigor, cabe aos tribunais e à sociedade ponderarem cuidadosamente os prós e contras dessa abordagem controversa.