“O Dudu procurou o Cruzeiro há mais ou menos 20 dias, dizendo que gostaria de novos ares“, contou Mattos. A partida, no entanto, não se concretizou. E o que motivou o camisa 7 palmeirense a aventar a possibilidade de deixar o clube após tantos anos de brilhantes atuações?
De acordo com apurações da GOAL, dois fatores foram determinantes para Dudu sinalizar a intenção de transferência: a possibilidade de virar reserva com o retorno de jogadores lesionados e o desgaste na relação com o técnico Abel Ferreira.
Com a reintegração de atletas importantes ao elenco palmeirense, como Raphael Veiga e Rony, Dudu temia perder espaço como titular absoluto, situação na qual se encontra desde que foi contratado pelo Verdão em 2015. Somado a isso, as constantes divergências com o comandante português também pesaram na avaliação sobre uma possível mudança de ares.
Diante da eminente saída de um dos principais ídolos recentes do Palmeiras, a torcida alviverde não poupou esforços para fazer um apelo emocionado em prol da permanência de Dudu. Na noite do último sábado (15), integrantes de uma organizada foram até a residência do atacante e pediram que ele reconsiderasse a decisão de deixar o clube pelo qual se tornou uma referência histórica.
As manifestações da fiel Mancha Verde surtiram efeito. Sensibilizado com a comoção gerada, Dudu optou por encerrar as conversas com o Cruzeiro e seguir defendendo as cores do Verdão, clube ao qual está vinculado desde 2015 e no qual já conquistou diversos títulos importantes.
A possível transferência de Dudu para o Cruzeiro colocou em evidência os bastidores das decisões que envolvem jogadores e clubes. Fatores como oportunidades de mais minutagem, desgaste com a comissão técnica e apelos emocionados da torcida acabam influenciando os rumos tomados pelos atletas em sua carreira profissional. No caso específico de Dudu, a força do vínculo estabelecido com o Palmeiras e sua apaixonada torcida falou mais alto, fazendo-o recuar da ida para Belo Horizonte.