Cappelli reconhece que diversas empresas, inclusive do setor de tecnologia, já utilizam soluções mais avançadas que o WhatsApp para compartilhar dados sensíveis. Ele afirma que cerca de oito empresas nacionais procuraram a ABDI nas últimas semanas para apresentar alternativas mais robustas para a comunicação corporativa.
Contrariando o que foi inicialmente divulgado, Cappelli descarta a possibilidade de criar um novo aplicativo de comunicação do zero, o chamado “Brazap”. Em vez disso, a ABDI planeja contratar uma solução já existente, desenvolvida por uma empresa nacional reconhecida nesse mercado, como a Dígitro.
A ideia é fazer uma licitação para adquirir cerca de 70 licenças dessa ferramenta, que poderia atender desde a Presidência da República até ministérios, Forças Armadas e o Comitê de Política Monetária do Banco Central. Cappelli acredita que todos os Poderes deveriam ser contemplados por uma plataforma de comunicação segura e institucional.
Embora Cappelli não tenha citado nomes específicos, ele mencionou que a Dígitro já fornece soluções avançadas de comunicação unificada e segura para diversos órgãos, como a Polícia Civil do Espírito Santo e o Exército Brasileiro.
Além disso, a Presidência da República informou que os servidores públicos ligados a ela têm acesso ao Microsoft Teams e ao Zoom. No entanto, não é possível confirmar se essas ferramentas são utilizadas para assuntos estratégicos da alta administração do governo.
É evidente que a preocupação de Cappelli e da ABDI é garantir a segurança das comunicações governamentais, e não simplesmente substituir o WhatsApp. Eles buscam soluções mais robustas e corporativas, desenvolvidas por empresas nacionais, para evitar que informações confidenciais sejam expostas ou cruzadas com outras plataformas. Essa abordagem parece ser um passo importante para proteger a integridade das informações sensíveis do governo brasileiro.