Mas o que leva as pessoas a investirem tanto em uma TV tão grande? Segundo Erico Traldi, da Samsung, a sensação de “comprar mais por menos” é um dos principais atrativos. Além disso, os amantes de esportes e conteúdo ao vivo parecem ser os principais interessados nessas telas gigantes, que proporcionam uma experiência ainda mais imersiva.
De acordo com Igor Krauniski, da LG, os produtos de 65 polegadas já não são mais considerados “grandes” – o novo padrão parece ser 80 polegadas ou mais. A empresa projeta um crescimento de 10% nas vendas de telas a partir dessa dimensão apenas neste ano. Krauniski brinca que “tamanho é documento sim” e que só depois os clientes avaliam outros atributos, como inteligência artificial e qualidade de áudio.
Mas nem tudo são flores nesse mundo das TVs gigantes. O fotógrafo Lufe Gomes, do canal Life by Lufe, destaca que esses aparelhos se tornam um desafio para os decoradores, que buscam criar ambientes harmônicos. Afinal, uma TV de 98 polegadas dificilmente se integrará de forma discreta em uma sala de estar.
Para tornar a presença dessas telas gigantes mais agradável, as marcas têm investido em soluções tecnológicas. A LG, por exemplo, utiliza uma espécie de set-top box em alguns modelos, que centraliza todos os cabos em um único dispositivo. Já a Samsung aposta na tecnologia One Connect, que também reduz a quantidade de fios visíveis.
Outra alternativa interessante é a linha The Frame, da Samsung, que traz uma moldura semelhante a de um quadro. Quando a TV está desligada, ela entra em um modo que exibe obras de arte, tornando-a praticamente invisível no ambiente.
Não há dúvidas de que as TVs gigantes estão ganhando cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Essa tendência reflete o desejo dos consumidores por experiências audiovisuais ainda mais imersivas, seja para assistir filmes, jogos ou esportes. Embora ainda sejam um investimento considerável, as marcas têm se esforçado para tornar a presença desses aparelhos mais discreta e integrada aos ambientes de luxo.