Leão Lobo, conhecido jornalista e apresentador, aponta que essa busca por uma “perfeição artificial” é extremamente preocupante. Afinal, cirurgias plásticas e procedimentos invasivos podem representar riscos à saúde e até mesmo à vida. “Será que vale a pena passar por todo esse risco para conseguir essa perfeição? É uma coisa quase inatingível, e deve causar muito sofrimento”, questiona Leão.
Além disso, Leão argumenta que essa “perfeição” é uma imagem vendida pela mídia, mas que na realidade não existe. “É uma perfeição artificial que ele estava buscando, porque é a perfeição de um boneco, de uma boneca. Ninguém vai ficar ‘perfeito’ daquela forma”, afirma.
Felizmente, há sinais de que alguns “Kens humanos” estão encontrando formas de se reencontrar e seguir novos caminhos. É o caso de Felipe Máximo, que deixou de lado sua transformação para trabalhar como frentista em um posto de combustíveis. Leão Lobo se mostra otimista com essa mudança, torcendo para que Felipe se encontre e se consolide neste novo caminho profissional. “Torço para que ele fique bem. Me alegro de que esteja conseguindo um trabalho, um espaço na sociedade. É algo por que todos nós lutamos sempre”, afirma o jornalista.
A história dos “Kens humanos” é um lembrete doloroso de como a obsessão por uma imagem de perfeição artificial pode ser prejudicial. No entanto, é reconfortante ver que alguns desses indivíduos estão encontrando formas de se libertar dessa busca incessante e se concentrar em construir uma vida mais plena e satisfatória. Que possamos todos aprender com essa lição e valorizar nossa beleza única e autêntica.